domingo, 21 de janeiro de 2018

Arma Branca

Seus olhos transitavam tranquilamente, mirou o olhar incrédula , mal podiam crê, e como súbito acordar piscou para saber se era real, a boca secou, a testa franziu, um arrepio subiu pela espinha.
Preferiria que lhe cortasse o coração, que afogasse no amargo do sangue do que lhe tirassem a razão, a imprudência lhe era tolerável mas a loucura não, dali queria desintegrar se, escorrer por um caminho seguro e esquecer.
O calor do seu corpo era percebível ao talher, se pudesse reclamaria, o doce sabor da sobremesa, não lhe afetava o paladar, estava em outro plano.
Astutamente lhe pôs por trás daquele que manipulou situações e garfou-lhe os dentes do talher em seu pescoço, esperando a morte eminente do maldito declarado, trêmula e firme.

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